O que antes era exclusividade de smartphones e computadores, agora está cada vez mais presente nos automóveis modernos: as atualizações remotas de software (over-the-air, ou OTA). A tecnologia permite que montadoras ajustem sistemas, melhorem funcionalidades e até corrijam falhas sem que o carro precise ir até a concessionária.
Fabricantes como Tesla, BMW, Volvo, Ford e Hyundai já usam esse sistema com frequência, oferecendo desde melhorias de desempenho e ajustes na autonomia até desbloqueios de novos recursos por meio de compra digital. É como se o carro "evoluísse" sozinho durante a noite.
Praticidade ou dependência?
Apesar da praticidade, há quem veja as atualizações remotas como uma faca de dois gumes. Afinal, com elas, as montadoras mantêm acesso constante ao carro, o que levanta dúvidas sobre privacidade, controle e até manipulação de funcionalidades remotamente.
Casos como o de veículos que tiveram itens bloqueados por falta de pagamento ou versões que recebem upgrades mediante assinatura reforçam esse debate. Para alguns, é evolução. Para outros, um sinal de que o dono já não manda tanto assim no próprio carro.
Fonte: Quatro Rodas
Nota da Volta Quente: Atualização remota pode ser útil, mas também pode ser uma coleira digital. Ter um carro que melhora sozinho parece incrível — até o dia que ele resolver te cobrar por algo que já deveria estar incluso. E aí, quem tá dirigindo quem?
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