O governo chinês decidiu postergar a aprovação de investimentos das montadoras BYD e Geely em países da América Latina. A medida surpreende, já que ambas as marcas vinham expandindo suas operações com velocidade — especialmente no Brasil e México, onde a BYD, por exemplo, já iniciou a montagem de veículos localmente.
De acordo com fontes locais, o atraso não está relacionado à viabilidade dos projetos, mas sim a fatores políticos e estratégias de longo prazo do governo chinês, que deseja manter controle sobre a exportação de tecnologia e capital para o exterior em tempos de instabilidade econômica global.
O impacto direto no Brasil
No caso da BYD, o atraso pode afetar cronogramas de produção e logística da nova fábrica em Camaçari (BA), instalada no antigo complexo da Ford. Já a Geely, que recentemente retomou presença oficial no Brasil, pode precisar readequar seus planos de distribuição e marketing.
A movimentação demonstra como as decisões internas do governo chinês podem impactar diretamente os mercados emergentes — e como o avanço de montadoras orientais está longe de ser linear, mesmo com grande aceitação comercial.
Fonte: Notícias Automotivas
Nota da Volta Quente: Muito se fala da ofensiva das montadoras chinesas, mas pouca gente comenta o quanto esse avanço ainda é guiado — e travado — pelas rédeas do próprio governo. Expansão controlada é o nome do jogo, e a América Latina que espere sentada.
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