O maior clube automotivo da Europa, o alemão ADAC, acaba de divulgar um estudo que promete aquecer ainda mais o debate entre veículos elétricos e modelos tradicionais a combustão. A entidade analisou dados de assistência veicular de milhares de chamados nos últimos anos — e o resultado surpreende: os carros elétricos apresentaram menor índice de falhas e maior durabilidade do que os seus equivalentes movidos a combustíveis fósseis.
O levantamento mostrou que a ausência de componentes como escapamento, sistema de injeção, embreagem e câmbio — típicos dos veículos a combustão — reduz as chances de quebras e falhas mecânicas nos EVs (veículos elétricos). Menos peças móveis = menos manutenção, pelo menos na teoria.
Os dados também apontam que os carros elétricos exigem menos revisões ao longo do tempo, com custos de manutenção consideravelmente inferiores. Por serem mais “limpos” mecanicamente, os EVs também apresentam maior confiabilidade em usos urbanos e trajetos curtos, onde costumam operar com mais frequência.
E o que o estudo não mostra?
Apesar dos números favoráveis aos elétricos, o estudo do ADAC também mostra que há desafios importantes ainda não resolvidos: falhas relacionadas à bateria e à eletrônica embarcada são mais comuns em alguns modelos específicos — e nem sempre fáceis (ou baratas) de resolver.
Outro ponto crítico, não abordado pelo levantamento, é a infraestrutura. A durabilidade e confiabilidade de um veículo elétrico em países com boa estrutura não necessariamente se repete em locais onde faltam carregadores rápidos ou assistência técnica especializada.
Fonte: Notícias Automotivas
Nota da Volta Quente: Os dados são interessantes, mas vale lembrar: confiabilidade também depende de contexto. Em países onde o suporte técnico e a estrutura ainda são precários para elétricos, a história pode ser bem diferente da contada nos gráficos. O tempo — e a estrada — vão mostrar se essa confiabilidade será global... ou só estatística de primeiro mundo.
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