A Porsche está ampliando sua atuação no mercado de peças recondicionadas, também conhecidas como “Peças Originais Recondicionadas Porsche”, ou simplesmente Porsche Genuine Remanufactured Parts. A ideia? Manter veículos antigos da marca em circulação — e ao mesmo tempo lucrar com sustentabilidade.
Com esse programa, a montadora alemã consegue oferecer peças mais baratas do que as novas e ainda gerar menos lixo, ao reaproveitar componentes como motores, transmissões, alternadores e módulos eletrônicos. Todas as peças passam por um processo de desmontagem, limpeza, reparo, pintura e testes antes de serem vendidas como “recondicionadas de fábrica”.
Menos descarte, mais grana (para os dois lados)
Segundo a Porsche, a linha de peças recondicionadas não só evita toneladas de resíduos como também ajuda a fidelizar clientes que ainda mantêm modelos antigos da marca. É um ganha-ganha: o cliente economiza, e a marca segue lucrando com veículos que poderiam ter sido esquecidos nas garagens.
Além disso, há uma preocupação real com o tempo de vida útil dos veículos. Manter um 911 dos anos 90 rodando com peças certificadas de fábrica é um argumento de peso para os entusiastas — e uma tacada de mestre no branding da marca.
O programa em números
- Mais de 15.000 peças diferentes já foram recondicionadas pela marca.
- Em 2023, mais de 13.500 toneladas de CO₂ foram evitadas com esse processo.
- A cada peça recuperada, há uma economia média de até 30% em comparação com o preço de uma nova.
Nota da Volta Quente: É curioso pensar que, num mercado tão viciado em novidades, uma marca premium como a Porsche esteja ganhando dinheiro com peças... usadas. E mais curioso ainda é como isso faz total sentido. Sustentabilidade virou argumento de luxo — mas, no fim das contas, o que está acontecendo é: a Porsche descobriu como continuar lucrando com carros de 30 anos atrás. E tá certa ela.
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