15 de abril de 2025 – Wall Street
A Stellantis, conglomerado automotivo que reúne marcas como Jeep, Chrysler, Peugeot e Fiat, foi rebaixada de "compra" para "neutro" pelo banco suíço UBS. O preço-alvo das ações foi reduzido quase pela metade, de €16 para €8,80, refletindo preocupações com as tarifas de importação de 25% impostas pelos Estados Unidos.
Segundo o UBS, cerca de 35% dos veículos vendidos pela Stellantis nos EUA são importados, tornando a empresa mais vulnerável às tarifas do que concorrentes como Ford e General Motors. Modelos como o Chrysler Pacifica, Dodge Charger Daytona, Jeep Compass e o elétrico Wagoneer S, produzidos no Canadá e no México, estão entre os mais afetados.
Impacto nas operações e perspectivas
Analistas do UBS destacam que a Stellantis enfrenta dificuldades para recuperar participação de mercado nos EUA, com projeções de geração negativa de caixa e perda de rentabilidade no curto prazo. A empresa também sofre com a paralisação temporária de fábricas no Canadá e no México, impactando diretamente a oferta de produtos no principal mercado da companhia.
Apesar do rebaixamento, as ações da Stellantis fecharam o dia com alta de 5,64%, cotadas a US$ 9,37, desempenho ligeiramente abaixo da Ford, que subiu 4,07% e encerrou o pregão a US$ 9,71. Ainda assim, o rebaixamento do UBS é mais um sinal de alerta em uma semana agitada para o setor.
Fonte: Notícias Automotivas
Nota da Volta Quente: Quando uma gigante como a Stellantis é rebaixada por causa de tarifas, o sinal de alerta soa alto. A dependência de importações e a dificuldade em se adaptar rapidamente às mudanças do mercado expõem fragilidades que não podem ser ignoradas. A montadora precisa repensar sua estratégia para enfrentar esse novo cenário protecionista.
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