Diante das vendas decepcionantes e críticas à confiabilidade, a Tesla reformulou completamente sua estratégia de marketing para a Cybertruck. Agora, a picape elétrica é promovida não mais como um símbolo de futurismo e status, mas como uma picape “raiz”, robusta e funcional, capaz de encarar trabalho pesado — uma tentativa clara de se aproximar do público que consome modelos como a Ford F-150.
Desde seu lançamento em novembro de 2023, a Cybertruck vem enfrentando dificuldades. Foram oito recalls em menos de um ano, afetando cerca de 91% das unidades produzidas em 2024. Além disso, as vendas despencaram 32,5% entre janeiro e fevereiro de 2025, com apenas 2.619 unidades emplacadas no período.
Em resposta, a Tesla alterou as imagens no site oficial e passou a exibir vídeos da picape em situações de uso real: puxando reboques, transportando ferramentas e enfrentando lama e barro — cenas bem distantes da estética de ficção científica que antes era utilizada. A ideia é mostrar que, apesar do visual peculiar, a Cybertruck pode cumprir o papel de uma picape tradicional.
Segundo analistas do mercado automotivo, a manobra pode funcionar parcialmente, especialmente se vier acompanhada de melhorias reais em durabilidade e confiabilidade. Mas a Tesla terá que fazer mais do que trocar fotos no site para convencer os consumidores clássicos de picapes — um público que valoriza tradição, confiança e, acima de tudo, utilidade comprovada.
Nota da Volta Quente: Nada como ver a Tesla tentando se redimir com uma pitada de marketing "raiz" depois de empurrar um design de ficção científica que ninguém pediu. A Cybertruck pode até carregar tralha agora, mas não adianta posar de operária se por baixo da lataria os problemas continuam. No fim das contas, picape de verdade é aquela que não te deixa na mão. E por enquanto, essa Tesla ainda tem muito o que provar.
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